O céu de grande parte do Brasil deve permanecer cinza assim como foi o último final de semana, esse fenômeno se dá como consequências das queimadas na região da Amazônia, segundo meteorologistas a fumaça deve cobrir também as capitais de países que fazem fronteira com o Brasil, especificamente Argentina e Uruguai.

Esse é o maior foco de incêndio que a Amazônia enfrenta em 19 anos, a fumaça vem especialmente da região sul do estado e incluem também os estados do Amazonas, para e Mato Grosso do Sul. Desde o fim de semana, a quantidade de fumaça se intensificou e, nesta segunda-feira (9), o céu ainda permanece acinzentado.

Sem previsão de chuvas e fumaça permanece no céu

Enquanto as queimadas permanecerem nas regiões citadas e também em partes do Estado de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a fumaça vai continuar sobre o país, o que também se dá pela ausência de frente fria, a fumaça deve continuar a encobrir o país, sem expectativa de desaparecer.

Fumaça afeta qualidade do ar em diversos estados do país

_{Esquema de como a estiagem na Amazônia interfere no resto do país ( Foto: reprodução/Arte/G1)}

A fumaça que alastra o céu do Brasil dificulta a respiração da população, (Inmet) mais de 200 cidades brasileiras estão vivendo um “clima de deserto”, ou seja, as cidades estão com a umidade até 20%, umidade máxima do Saara. Segundo informações do G1, a ausência de umidade na região da Amazônia está causando um efeito cascata de seca em todo território nacional. 

Como mostra no esquema. a região Norte recebe massa de ar que vem do oceano atlântico, que passa pela Amazônia e encontra o paredão formado pela Cordilheira dos Andes que comprimem o ar e o empurram para o restante do país favorecendo a chuva ou a seca e a região da Amazônia empurra para o sul do país.

Foto destaque: satélite mostra densidade da fumaça de queimadas (Reprodução/G1/Windy)

Em uma entrevista para o canal CNN Brasil, nessa segunda-feira (2), Solano de Camargo, Presidente da Comissão de Privacidade da Ordem Dos Advogados de São Paulo (OAB-SP), alega que a suspensão da rede social X (antigo twitter), pode acarretar desinformação de eleitores periféricos, pois segundo seu entendimento, as atividades expostas no x não são só ilícitas e sim atividades comerciais, educativas de comunicação e que as vésperas das eleições municipais afasta os eleitores de se atualizarem pela rede social, conhecer melhor seus candidatos e de se manifestarem.

No ponto de vista jurídico sobre a suspensão do X

Segundo Presidente da comissão da OAB-SP, a juridicidade entende que existem penalidades a serem impostas a rede social X e a seus dirigentes; quando questionado sobre a medida do Ministro Alexandre de Moraes gerar ressalva no ambiente jurídico, Solano, afirma que ela causa ressalva em 100% dela: “O sistema legal brasileiro, ele prever a possibilidade de se corresponsabilizar integrantes de grupos econômicos caso o devedor originário não cumpra suas obrigações.”, mas ainda sobre seu entendimento, necessita de um processo legal para transferir a dívida para outra empresa que não está diretamente ligada a rede social X.

_{Presidente da Comissão de Privacidade SP, Solano, entrevista (Foto: reprodução/CNN)}

Penalidade a starlink é ilegal

Segundo a constituição a extensão da dívida da rede social x para a starlink necessita de um processo legal que gerado após a produção de provas, pois a starlink formalmente não pertence ao X, mas precisaria ser considerada participante legal do grupo; nas palavras do Presidente da Comissão de Privacidade OAB-SP, Solano, “A extensão da dívida para a starlink, sem que a starlink possa recorrer é uma violência que com certeza viola a constituição e o princípio devido legal… precisa de um procedimento prévio chamado ‘desconsideração de personalidade jurídica’.”; toda essa confusão se dá pelo fato que as leis brasileiras estão fundamentas em um entendimento diferente do entendimento adotado nos Estados Unidos, pais onde reside o proprietário da rede social X.

Foto destaque: faixada do prédio da OAB-SP (reprodução/OAB-SP)

No último domingo (1), foi divulgado um boletim de Alerta da Defesa Civil do Estado do Amazonas e na região de Tabatinga, Alto do Rio Solimões, o nível do rio é o mais baixo da história; o mês de agosto de 2024, superou o recorde de queimadas de 2021 e já é o pior mês de agosto desde 1998.

Em 1998, quando se iniciou o monitoramento foram registrados cerca de 320 pontos de queimadas, esse número foi superado em 2021, quando o número de queimadas subiu para 8.588 focos e até então era o recorde dos meses de agosto, entretanto em 2024 os picos de incêndios voltaram a crescer ao todo foram computados 10.328 focos.

Medidas tomadas para enfrentar a crise

O Governo Estadual do Amazonas, decretou na última quarta-feira (28), situação de emergência que abrange 62 municípios, a medida foi tomada durante reunião do Comitê de Enfrentamento à Estiagem, que enfrenta a pior estiagem dos últimos 44 anos.

Wilson Lima (União Brasil), governador do Estado, informou que serão integrados mais 85 brigadistas para ajudarem no corpo de bombeiro e que nova equipe começa a trabalhar nesta segunda-feira (2), o governador ainda ressaltou que em abril de 2024 já havia tomado medidas para prevenir que viesse acontecer o que aconteceu, foram enviados ofícios aos ministérios de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, solicitando apoio antecipado no combate às queimadas e ao Ministérios de Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), com pedidos de ajuda para o enfrentamento dos efeitos da estiagem.

Ajuda humanitária

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Dados da defesa civil, indicam que cerca de 77.499 famílias já haviam sido afetadas pela estiagem no estado e que medidas de humanização já foram tomadas para combater quaisquer desumanizações que venha a ser cogitada; foram distribuídas cerca de 730 toneladas de alimentos, instalados 24 purificadores de água e enviadas 100 caixas d’água para melhorar o acesso à água potável.

Foto destaque:  Governador Wilson Lima no comitê de enfrentamento a estiagem (Reprodução/Defesa Civil Amazonas)

O primeiro dia de setembro é marcado pelo fenômeno conhecido como primavera meteorológica, quando os efeitos da próxima estação já podem ser sentidos, mesmo que a transição não tenha ocorrido de fato; a primavera de 2024 está marca oficialmente para ter início no dia 22 de setembro às 9h 44, horário de Brasília.

Para compreender melhor essa indagação vale lembrar que existem as estações astronômicas e as meteorológicas. As astronômicas se baseiam na posição da terra em relação ao sol, ou seja, de acordo com a astronomia, a primavera só acontecerá de fato no dia 22; já as meteorológicas sāo baseadas na sensação que é sentida no dia a dia.

Clima no Brasil no mês de setembro

De acordo com os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de setembro será marcado por chuvas a cima da média normal nas regiões Norte, sul do Mato Grosso e sul de São Paulo; já nas regiões Centro-Oeste e sudeste, sul da Região Norte, interior da Região Nordeste e oeste do Paraná as chuvas serão de intensidade baixa devido a grande massa de ar seco que podem causar o aumento de queimadas e doenças respiratórias.

_{Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de setembro de 2024. (Foto: reprodução/Portal Inmet)}

As temperaturas estarão acima da média em grande parte do país devido à redução de chuvas; a previsão é que a temperatura média ultrapasse os 30 graus em regiões do Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Piauí. Já para as localidades da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, as temperaturas médias devem ficar na faixa normal.

Às quatro estações do ano e seus ciclos para o ano de 2024

Analisando os dados disponibilizados pelos Inmet:

_{Estações do ano e suas representações (Foto: reprodução/ Portal Inmet)}

Como mostra na figura, o outono foi a primeira estação do ano e teve início dia 20 de março; o inverno teve início dia 20 de junho e vai até dia 22 de setembro, deixando espaço para a primavera florescer do dia 22 ao dia 21 de dezembro, seguido pela estação mais calorosa do ano, o verão, que inicia seu ciclo para finalizar o ano.

Foto destaque: florescer da primavera (Ailton Liam)