Pabllo Vittar estrela capa da edição impressa da Glamour Brasil

A maior drag queen do Brasil, estrela terceira capa da edição impressa de setembro da Glamour Brasil, disponível nas principais bancas e no App Globo+ a partir de hoje

14 set, 2023

Em um papo muito sincero e com detalhes sobre toda sua trajetória – que se iniciou há mais de 5 anos e já rendeu parcerias nacionais e internacionais incríveis, prêmios e presenças importantes -, Pabllo comenta sobre suas inseguranças e vivências, o lado bom e ruim do sucesso, altos e baixos com os fãs e planos para o futuro.

Confira highlights da entrevista, que pode ser vista na íntegra no site da Glamour Brasil.


Pabllo Vittar. (Reprodução/Glamour/Guilherme Nabhan)


Glamour: Você se lembra como foi se montar pela primeira vez?

Pabllo: Foi no meu aniversário de 18 anos, mas já tinha familiaridade porque assistia ao RuPaul”/s Drag Race, meu então namorado me apresentou. Eu sempre gostei do universo feminino, já brincava com maquiagem, porém exibia um visual mais andrógino, mesclava o masculino e o feminino, usava roupas agênero. Percebi nesse universo que as drag queens podiam ser o que quisessem. Gosto de ser múltipla, de interpretar uma persona diferente a cada dia.

Glamour: Como é conviver com duas facetas diferentes, a do Pabllo e a da Pabllo?

Pabllo: O Pabllo desmontado é tímido. Gosto de ficar na minha, me cuidar, estar em dia com a saúde. Já a Pabllo é mais extrovertida, performática. Acho que as pessoas gostam mais dela. Eu gosto de ser o Pabllo, acho que se as duas formas fossem extrovertidas seria too much. Quando estava com uns 20 anos, queria abraçar tudo o que a vida me oferecia. Fazia tudo para tentar ser a melhor pessoa para todos, mas aprendi que nem todo mundo merece, alguns merecem o lado ruim. Não que seja perversa, só aprendi a ser indiferente. Não preciso ser amiga de todos. Parece que querem um pedaço de mim. Eu respeito, mas não deixo isso afetar o meu cotidiano. Aprendi também a dizer “não”. As pessoas acham que dizer “não” é sinal de arrogância, que artista precisa sempre dizer “sim”. Antes disso, eu sou humana: sinto dores, amores… Há dias que não me sinto bem. 

Glamour: Como vê a importância de cuidar da saúde mental neste processo?

Pabllo: É ótimo ter essa preocupação. Posso dizer que a minha saúde mental está em seu melhor estágio. Faço terapia e estou ciente de tudo de bom e de ruim que acontece na minha vida. A saúde mental precisa estar alinhada com o externo; do contrário, não dá certo. Já vimos muitas pessoas queridas pelo público com um fim trágico. Os pensamentos aparecem de forma intrusa, mas, na terapia, consigo verbalizar o que estou sentindo. Às vezes, não é nada demais, mas a mente é que transformou o problema em um seriado com três temporadas. Sei que muitas pessoas não conseguem nem sair da cama, já passei por isso.

Foto destaque: Capa com Pabllo Vittar. Reprodução/Glamour/Guilherme Nabhan

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