Polícia Civil encontra criança de 2 anos desaparecida em São Paulo

O caso foi solucionado pelas polícias civis de São Paulo e Santa Catarina, e a linha de investigação é a de que uma quadrilha especializada em tráfico de pessoas que teriam aliciado a mãe da criança que sofre de problemas psicológicos.

11 maio, 2023

Foram 10 dias de apreensão para uma família de Santa Catarina por conta do desaparecimento de uma criança de apenas 2 anos de idade. As investigações da polícia civil levaram ao paradeiro da criança em São Paulo.

Segundo a família da criança, houve um aliciamento por redes sociais feita por um casal de São Paulo, Marcelo Valverde e Roberta Porfírio, no qual aproveitando de uma fragilidade psicológica da mãe da criança, a convenceu a entregar para eles o filho. Segundo o irmão da vítima, sua irmã sofre desde a adolescência de crises de ansiedade e teve depressão pós-parto, e trata-se desde então, portanto, para a família, o casal se aproveitou de um momento de fraqueza psicológica da irmã e a convenceu a entregar a criança.

Em entrevista a uma rede de televisão, o irmão disse que “Minha irmã foi mãe muito nova, muito jovem, com 19 anos. Ela teve a primeira crise de ansiedade aos 14, então já é uma bala emocional. Aí isso já vem há bastante tempo na vida dela, e ela vem tratando. Só que a depressão pós-parto fez isso reavivar. Então, ela realmente acabou cedendo a essas emoções e aconteceu o que aconteceu”

A polícia civil de Santa Catarina afirmou em coletiva de imprensa que a mãe da criança realmente sofre de distúrbios psicológicos e que realmente houve aliciamento através de redes sociais, por Marcelo e Roberta. O casal foi preso em Tatuapé, na capital de São Paulo. Na coletiva, a delegada responsável pelo caso disse que “Pelo o que a gente sabe, as conversas começaram em grupos de apoio a mães de primeira viagem. Nesse sentido, a gente vê que foi realmente com o intuito de sequestrar a criança. Nunca ouvimos falar em nenhuma dessas pessoas.”


Casal Roberta e Marcelo sendo presos em São Paulo – (Foto:reprodução/Twitter)


A criança ficou desaparecida por 10 dias, entre os dias 30 de abril e 8 de maio, e no período em questão, a mãe esteve internada em um hospital catarinense para tratar uma intoxicação por conta de medicamentos. O irmão afirma que ela já obteve alta do hospital.

O irmão afirma que não foi por conta de dinheiro que a irmã entregou a criança ao casal.

A Polícia civil continua as investigações e segue a linha de que pode ter havido uma vantagem financeira para a mãe, e diz que a partir de agora vai pedir a quebra do sigilo bancário de todas as pessoas envolvidas no caso.

Também foi dito pela delegada responsável que a criança tem apenas em sua certidão de nascimento o nome da mãe, e está a procura do pai para obter o depoimento deste.

A criança retornará para Santa Catarina onde vive a família, porém sem data ainda marcada, pois depende do poder judiciário de São Paulo, onde a criança está internada em um abrigo para menores. O MP de Santa Catarina já está ingressando uma ação para o retorno da criança para Florianópolis, onde sua família mora.

 

Foto Destaque: Polícia de São Paulo – Foto: reprodução/Twitter

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