Erika Januza da entrevista sobre representatividade: “A mulher negra pode chegar e levar outras junto”
Erika Januza, que interpretará Latifa em “A Magia de Aruna”, série que estreia em 2023 no Disney+, explica a importância da sua personagem para a comunidade negra

Erika Januza estreará em sua primeira série para o DisneyPlus “A Magia de Aruna” juntamente com Cleo, Giovanna Ewbanck e Suzane Pires. Aos 37 anos a atriz interpretará Latifa e se mostra muito contente com toda a representatividade que ela carrega para a negritude em todo o mundo. “Tenho essa bênção de ter a representatividade comigo e por trás também das personagens, e com a bruxa não é diferente. Ela é negra, de dread, e tem a personalidade de ser o equilíbrio entre as outras duas [Juno, de Giovanna, e Chloe, de Cleo]. Sempre tento trazer a mensagem de que “/você pode, calma que vai dar certo”/, de ser positiva. É algo que eu vivo neste momento e quero passar para outras meninas e mulheres. Eu posso estar aqui e ser uma bruxa da Disney. A mulher negra tem que entender que ela pode ter a meta de chegar a algum lugar e levar outras junto”, diz Erika.
Suzane Pires, Cleo, Erika Januza e Giovanna Ewbanck respectivamente (Foto: Reprodução/Instagram)
A atriz já comenta sobre o assunto de representatividade desde o seu início nas telinhas. Quando gravava a novela “O outro lado do paraíso”, em 2017, Erika veio a público com um depoimento sobre as questôes que já passou por ser uma mulher negra: “Há um mês, estava ao lado de uma menina, quando alguém disse a ela: ‘Lourinha e de olho azul, você consegue o que quiser’. Aquilo me fez tão mal, foi lá no meu íntimo, onde está a raiz de todas as minhas questões. Não aceito mais. Hoje, sou o meu padrão. Quem quiser se identificar comigo, ótimo, vamos juntos. […] “Faz com que a população saiba mesmo o que acontece no dia a dia. Já ouvi gente dizendo: ‘Falar de racismo de novo? Toda novela tem isso…’.Se não existisse o racismo, não seria preciso pontuá-lo nas tramas, né?”.
Infelizmente ainda há um baixo indice de representatividade nas tramas brasileiras, sejam ela LGBTQIAP+, indígenas, deficientes e negras. Um assunto que precisa ser tratado nos dias atuais com mais e mais pessoas fora dos padrões impostos.
Foto destaque: Erika Vanuza. Reprodução/Instagram