CBF apresenta versão modelo de Fair Play Financeiro

A Confederação Brasileira de Futebol apresentou nesta terça-feira (11), sua primeira versão do fair play financeiro, em reunião do Grupo de Trabalho (GT)

12 nov, 2025
Sede da CBF | Reprodução/Wilton Júnior/CBF
Sede da CBF | Reprodução/Wilton Júnior/CBF

Em reunião do Grupo de Trabalho (GT), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, foi apresentada a primeira versão do Fair Play Financeiro para o futebol brasileiro. Os participantes da discussão poderão enviar suas sugestões até às 18 horas dia 14 de novembro e a apresentação final será divulgada no dia 26 de novembro, no Summit CBF Academy.

Após três meses de reunião com representantes de clubes, federações, consultorias especializadas e outros profissionais, a CBF apresentou sua primeira versão do modelo, que deve passar por alterações após sugestões, envio de informações e feedbacks dos participantes do grupo.

Modelo deve seguir as principais ligas mundiais

Helder Melillo, diretor-executivo da CBF e relator do GT, destacou a participação dos representantes dos clubes e federações. Segundo ele, “demonstra o sucesso desse novo modelo de gestão da CBF”, afirmando também que aproveitaram cerca de 80% das sugestões que receberam e que o modelo final deve incluir a maioria das propostas.

Caio Rezende, diretor da CBF Academy, disse que o maior desafio “foi criar uma regulamentação que fizesse sentido para a realidade dos clubes brasileiros”, com a finalidade de evitar que os clubes gastem mais do que ganham e atrair investimentos seguros, sem limitar a gestão dos clubes.


Projeto de Fair Play Financeiro da CBF (Vídeo/YouTube/UOL Esporte)


O modelo proposto nas reuniões foi inspirado nas cinco maiores ligas do mundo (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França), com adaptações para a realidade financeira e as características do futebol brasileiro.

Flamengo enviou sua proposta

Por meio de nota oficial, o Flamengo anunciou suas propostas para o Fair Play Financeiro. Nas propostas do Rubro-Negro incluem que os clubes endividados não devem levar vantagem, impedindo os clubes que estão em recuperação judicial de contratar novos jogadores; evitar uma espécie de “maquiagem” contábil, impedindo que os clubes escondam despesas em outras áreas como a base e o futebol feminino; premiar gestões que tiverem suas finanças organizadas e também destacou a proibição de gramados sintéticos, alegando que o sintético causa desigualdade e mais lesões, entre seus pontos.

Anderson Barros, diretor do Palmeiras, em entrevista, rebateu a nota do Flamengo sobre o Fair Play Financeiro, afirmando que “beira a leviandade”, a sugestão de proibição de gramado sintético no meio da pauta.

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