Louvre: roubo executado por amadores, revela promotora

Roubo ousado e veloz no Louvre envolve ladrões amadores, joias históricas de alto valor ainda perdidas e expõe falhas na segurança de Paris

04 nov, 2025
Polícia isola área após roubo no Louvre em Paris | Reprodução/ Dimitar Dilkoff/Getty Images Embed
Polícia isola área após roubo no Louvre em Paris | Reprodução/ Dimitar Dilkoff/Getty Images Embed

Em um golpe que chocou o mundo da arte e segurança, o audacioso roubo durante o dia, de joias históricas avaliadas em US$ 102 milhões no icônico Museu do Louvre, em Paris, ocorrido no mês passado, foi obra de pequenos criminosos, e não de profissionais do crime organizado, conforme afirmou a promotora Laure Beccua de Paris neste domingo (2).

Roubo Relâmpago no Louvre

No dia 19 de outubro deste ano, pela manhã dois indivíduos posicionaram um elevador de mudanças em frente ao Museu do Louvre. Utilizando o equipamento, acessaram o segundo andar do prédio, onde forçaram a entrada por uma janela e utilizaram ferramentas de corte para abrir vitrines de segurança.

A ação foi concluída em menos de sete minutos, com a fuga realizada em scooters conduzidas por dois comparsas que aguardavam do lado de fora.


Investigação no Louvre após furto de joias históricas (Foto: reprodução/Kiran Ridley/Getty Images)


Segundo as autoridades,  o crime foi executado com agilidade e ferramentas simples, o que indica um plano ousado, mas sem o nível de organização característico de quadrilhas especializadas. Erros cometidos durante a fuga, como o abandono de uma das joias, reforçam a hipótese de que os envolvidos não pertencem ao crime organizado.

Em entrevista à rádio franceinfo, a promotora Laure Beccuau afirmou que, embora não se trate de um delito comum, o roubo também não apresenta sinais de ter sido planejado por grupos do alto escalão do crime organizado, sugerindo uma atuação independente e pouco estruturada.

Busca pelos Receptadores

Entre os presos estão três supostos participantes diretos da ação e a companheira de um deles. Um quinto envolvido segue foragido e, segundo as autoridades, estaria em posse das joias históricas levadas durante o assalto, que possuem valor histórico inestimável. De acordo com o ministro do Interior da França, Laurent Nunez, esse fugitivo é apontado como o mentor da operação.

Agora, os esforços se concentram na identificação do último foragido das peças roubadas que incluem relíquias ligadas a Napoleão Bonaparte e à Imperatriz Josephine. O caso reacendeu o debate sobre a segurança em instituições culturais de renome internacional e expôs vulnerabilidades mesmo em museus com protocolos considerados rigorosos.

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