Após polêmica no clássico, São Paulo leva briga por áudios do VAR à Fifa

Clube paulista pressiona a confederação e cobra transparência, pedindo a divulgação do conteúdo do jogo contra Palmeiras, mesmo que precise acionar a Fifa

08 out, 2025
Vitória do Palmeiras no Morumbis pela 27° rodada do Brasileirão | Cesar Greco/Instagram/@cesar_greco
Vitória do Palmeiras no Morumbis pela 27° rodada do Brasileirão | Cesar Greco/Instagram/@cesar_greco

O Tricolor Paulista enviou um novo ofício à CBF pedindo a divulgação pública dos áudios do VAR da partida do último domingo (5). Os arquivos foram apresentados internamente à diretoria são-paulina, após uma reunião entre Rui Costa, diretor executivo do clube, e membros da Comissão de Arbitragem, mas o São Paulo quer que o material seja divulgado oficialmente.

Cinco lances foram revisados pela equipe, mas dois causaram maior indignação: o pênalti não marcado em Gonzalo Tapia, após ser derrubado por Allan, e o cartão vermelho não aplicado a Andreas Pereira, por uma entrada dura em Marcos Antonio.

De acordo com os protocolos atuais, a CBF só pode divulgar os áudios do VAR quando o árbitro consulta a cabine durante a partida, o que não aconteceu com Ramon Abatti Abel no Choque-Rei. Por isso, liberar o conteúdo sem essa checagem seria uma quebra de protocolo.

Qual o desfecho?

A Fifa precisará ser consultada para autorizar a divulgação, já que a medida foge às normas padrão. Em outros países, a regra é mais flexível, mas no Brasil o procedimento segue à risca o que determina a entidade internacional.


Ramon Abatti Abel polemizou em clássico (Foto: reprodução/Paul Ellis/AFP)

O São Paulo, porém, não pretende encerrar o assunto. O clube entende que tem direito à transparência e cobra tratamento igualitário em relação a outras situações recentes do futebol nacional. Nos bastidores, a postura é clara: o Tricolor quer que os áudios venham a público, nem que, para isso, seja preciso acionar a Fifa.

Bastidores

A relação entre o São Paulo e a CBF tem ficado cada vez mais tensa. Dirigentes do clube acreditam que a entidade precisa rever sua postura diante de erros recorrentes da arbitragem e defender uma maior transparência no uso do VAR. O episódio, segundo fontes próximas à diretoria, é visto como um divisor de águas na cobrança por mudanças no futebol brasileiro.

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