Eagle, grupo de John Textor que gere o Botafogo, perde seu diretor

Christopher Mallon deixa cargo de diretor da Eagle Football Holdings após conflitos com John Textor; fundo Ares Management indicará novo nome

07 out, 2025
John Textor | Reprodução/Wagner Meier/Getty Images Embed
John Textor | Reprodução/Wagner Meier/Getty Images Embed

Nesta terça-feira (07), a Eagle Football Holdings (EFH), conglomerado comandado por John Textor e responsável pela gestão do Botafogo, anunciou a saída de Christopher Mallon do cargo de diretor independente. A informação foi publicada inicialmente pelo portal “The Athletic” e confirmada por apuração do Lance!.

A decisão marca uma nova reviravolta nos bastidores do grupo britânico, que também administra o Lyon, da França, e o RWDM Brussels, da Bélgica. Mallon vinha desempenhando papel estratégico dentro da estrutura de governança da EFH, especialmente no acompanhamento das operações ligadas ao futebol brasileiro.

Um nome central nas disputas internas da Eagle

Christopher Mallon era considerado um dos principais responsáveis pela supervisão das movimentações da Eagle Football no Botafogo. Advogado escocês de formação, ele representava a presença de uma voz independente dentro do conselho da holding.


Christopher Mallon

Christopher Mallon, ex-diretor da Eagle (Foto: reprodução/Fulcrum Partners)

Nos últimos meses, no entanto, seu nome ganhou destaque ao protagonizar atritos com o próprio John Textor. Mallon assinou uma carta enviada ao presidente do Botafogo, João Paulo Magalhães, na qual negava a existência de dívidas da Eagle com a SAF alvinegra e contestava a autoridade do empresário norte-americano em nomear-se representante direto da empresa.

Além disso, o ex-diretor sugeriu ao Conselho do Botafogo que avaliasse a possibilidade de afastar Textor da gestão da SAF por supostas “irregularidades financeiras”. A recomendação gerou desconforto e acentuou a divisão interna na estrutura de comando do grupo.

Ares assume papel de influência na escolha do sucessor

Com a saída de Mallon, o fundo Ares Management, que detém participação societária na Eagle Football Holdings, será responsável por indicar três nomes para o cargo de diretor independente. A escolha final, contudo, dependerá da aprovação de John Textor, que mantém o controle majoritário e o poder de decisão na EFH.

A movimentação abre espaço para que Textor reorganize sua equipe de confiança dentro da holding, num momento em que busca recuperar prestígio e estabilidade após meses de questionamentos sobre sua atuação.

Impactos no Botafogo e nos demais clubes do grupo

Dentro do Botafogo, a saída de Mallon é vista como uma oportunidade para restabelecer a harmonia entre o clube e a holding. Além do clube carioca, a mudança também deve repercutir no Lyon e no RWDM Brussels, já que Mallon exercia influência nas decisões estratégicas relacionadas às finanças e ao compliance de todo o conglomerado.

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