Aumenta o número de bebidas falsificadas apreendidas em 2025

De acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), em média, uma fábrica clandestina é interditada a cada cinco dias

03 out, 2025
Fábrica de bebidas clandestinas | Reprodução/G1
Fábrica de bebidas clandestinas | Reprodução/G1

Segundo a entidade, entre 2020 e 2024, o número de fábricas clandestinas fechadas saltou de 12 para 80. O caso foi tornando mais evidente após encontrarem metanol em bebidas destiladas, causando oito mortes confirmadas. Segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), foram encontradas 185 mil garrafas adulterada, no início de 2024.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) informou que grupos criminosos geram em torno de R$ 62 bilhões por ano com a produção de bebidas falsificadas, que além do problema com a intoxicação por metanol, enfrenta problemas como a sonegação fiscal. A Polícia Federal investiga se há ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital)

A intoxicação por metanol

Em dados do Centro nacional de informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), foram registrados 43 casos de intoxicação por metanol até quarta-feira (1°). Dos 43 registrados, 39 são em São Paulo, sendo 10 confirmados e os outros 29 ainda em investigação. Os outros quatro estão sendo investigados Pernambuco.

Também foram registradas oito mortes, sendo uma confirmada por intoxicação por metanol em São Paulo e as outras sete ainda estão sendo investigadas também em São Paulo e Pernambuco.

Devido à intoxicação por metanol, as pessoas que consomem as bebidas alteradas encontradas em destilados como gin, vodca e whisky, enfrentam casos de internação em estado grave, perda de visão e morte.

O caso mais falado é do do cantor Hungria, que chegou a ser internado nesta quinta-feira (2), com a suspeita de intoxicação por metanol, após consumir vodca alterada, na casa de um amigo, no Distrito Federal. Segundo a equipe do rapper, ele está “evoluindo de forma satisfatória”.


Rapper Hungria internado por suspeita de intoxicação por metanol (Vídeo: reprodução/YouTube/brasil Urgente)

Projeto de classificar bebida falsificada como crime hediondo

Nesta quinta-feira (2), a Câmara dos Deputados aprovaram, com urgência, o projeto de lei, aumentando de oito para 12 anos de reclusão, por falsificação de bebidas, levando agora para o Senado. Com a alteração da lei, o crime terá mudanças no cumprimento da lei, como a proibição da liberdade provisória e terá a progressão mais lenta.

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