Promotores pedem que pena de P.Diddy chegue a mais de 11 anos de prisão

Promotores pedem “pelo menos 135 meses” de prisão e multa de US$500 mil para “Diddy” Combs; defesa pediu que a sentença que sairá na sexta seja de 14 meses

30 set, 2025
Sean "Diddy" Combs | Reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed
Sean "Diddy" Combs | Reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed

O magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs, 55 anos, será sentenciado nesta sexta-feira em Manhattan. ​Em 2 de julho, após um julgamento de dois meses, um júri considerou Combs culpado por duas acusações de transporte de prostitutos masculinos entre estados. Segundo os promotores, o objetivo era fazê-los participar de encontros sexuais com suas namoradas, muitas vezes regados a drogas, enquanto Diddy assistia e gravava.

​Embora o júri o tenha absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e extorsão (que poderiam resultar em prisão perpétua), Combs ainda pode pegar uma pena máxima de até 20 anos. Ele se declarou inocente e deve recorrer.

​Promotores vs defesa

​O pedido dos promotores de mais de 11 anos é o ponto de partida para a condenação. No entanto, a defesa de Diddy luta por um desfecho muito mais rápido.

​Os advogados de Combs solicitaram na semana passada uma pena de apenas 14 meses de prisão. O argumento central é que o juiz Arun Subramanian não deveria considerar no cálculo da pena as provas de abusos contra as ex-namoradas, já que o júri o absolveu das acusações de coagi-las sexualmente.

​Se o juiz aceitar a sugestão da defesa, Combs poderia ser libertado até o final do ano. Isso porque ele teria o benefício do tempo já cumprido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, desde que foi preso em setembro de 2024.


Sean 'Diddy' Combs (Foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)

Pontos de tensão no julgamento

​Durante o julgamento de Diddy, a questão da coerção por parte dele foi central. Promotores apresentaram depoimentos de ex-namoradas que alegaram que Combs as agrediu fisicamente e as ameaçou financeiramente caso recusassem participar dos “Freak Offs” (os encontros sexuais).

​Mas a defesa conseguiu convencer o júri a separar a alegada “violência doméstica” das acusações de tráfico sexual e extorsão. Essa estratégia resultou na absolvição de Diddy das acusações mais graves, mas a condenação por transporte de prostitutos se manteve.

​A decisão de sexta-feira definirá se o fundador da Bad Boy Records, que popularizou o hip-hop, passará mais de uma década na prisão ou será libertado em meses.

 

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