Primeiro-ministro de Israel questiona países por reconhecerem Estado da Palestina

Netanyahu esteve na ONU e denunciou países ocidentais por reconhecimento do Estado palestino, acusando de enviar mensagens a respeito de matar judeus

26 set, 2025
Benjamin Netanyahu | Reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed
Benjamin Netanyahu | Reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed

Nesta sexta-feira (26), na ONU, houve fortes denúncias aos países ocidentais feitas pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ele os acusou de enviar mensagens de que, segundo suas palavras, matar judeus compensa, mostrando reconhecimento ao Estado da Palestina. Seu discurso foi feito na Assembleia Geral da ONU, trazendo falas mais duras até o momento, condenando esses países, em que segundo ele, essas decisões representam um reconhecimento ao terror e enviam uma mensagem errada ao mundo, especialmente após os ataques de outubro de 2023.

Alvos das críticas

Netanyahu citou na sua fala governos como o da França, Reino Unido, Austrália e Canadá. Para ele, esse reconhecimento equivaleria a uma recompensa para os grupos que atacaram Israel, argumentando que isso enfraquece a postura israelense em manter sua segurança diante de ameaças percebidas. Ele também sugeriu que reconhecer a Palestina, sob as circunstâncias atuais, poderia fortalecer influências externas que ele considera hostis.


Benjamin Netanyahu discursando na ONU (Foto: reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)

Contrapontos diplomáticos

Apesar do tom firme, a fala de Netanyahu provocou reações de alerta entre diplomatas internacionais. Alguns países que passaram a reconhecer a Palestina justificam o ato como parte de uma doutrina de paz, autodeterminação e direitos humanos. Eles enfatizam que o estatuto diplomático palestino não é uma celebração de violência, mas sim um passo em direção a uma solução de dois Estados, controversa, porém defendida por muitos membros das Nações Unidas.

Implicações políticas

A condenação pública de Netanyahu reforça uma tendência de polarização diplomática. Israel, ao posicionar-se contra países que reconhecem a Palestina, sinaliza que pretende endurecer sua narrativa internacional, buscando isolar diplomaticamente os que apoiam esse reconhecimento e reafirmar sua própria agenda de segurança.

O ataque em 2023

Sobre o ataque de 2023, falado pelo primeiro-ministro, aconteceu que, no dia 7 de outubro daquele ano, grupos combatentes liderados pelo Hamas acabaram matando cerca de 1200 pessoas israelenses. A resposta de Israel foi pesada, quando matou mais de 60 mil pessoas em Gaza, deixando boa parte do local em ruínas.

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