Fallon e Colbert saem em defesa de Kimmel e acusam censura após suspensão

Jimmy Fallon e Stephen Colbert defendem Jimmy Kimmel após suspensão, criticam Trump e expõem debate sobre censura e liberdade de expressão

20 set, 2025
Jimmy Fallon, Jimmy Kimmel e Stephen Colbert | Reprodução: Todd Owyoung/NBC/ Samuel Corum/TNYT/ Scott Kowalchyk/CBS
Jimmy Fallon, Jimmy Kimmel e Stephen Colbert | Reprodução: Todd Owyoung/NBC/ Samuel Corum/TNYT/ Scott Kowalchyk/CBS

A suspensão de Jimmy Kimmel por comentários sobre um aliado de Donald Trump transcendeu o âmbito do entretenimento e se transformou em assunto político: em apoio ao colega, Jimmy Fallon e Stephen Colbert utilizaram seus programas de entrevistas para criticar a emissora, denunciar a censura e destacar a influência do ex-presidente na mídia dos Estados Unidos.

Fallon ironiza suspensão e expõe risco de censura

A interrupção do programa de Jimmy Kimmel deu início a uma reação em cadeia na televisão americana. Nesta semana, seus colegas de palco e concorrentes de audiência, Jimmy Fallon e Stephen Colbert, dedicaram parte de seus talk shows para apoiar o apresentador e questionar as razões que o afastaram da televisão.

Kimmel foi afastado da ABC após declarações controversas sobre o ativista conservador Charlie Kirk, que é próximo ao presidente Donald Trump. O incidente, rapidamente convertido em combustível político, provocou pressão de aliados republicanos e culminou com a penalidade aplicada ao humorista.


Jimmy Fallon demonstra apoio a Kimmel em seu programa (Vídeo: reprodução/X/@DiscussingFilm)

Fallon optou por seguir o caminho da sátira. Entre uma piada e outra, destacou a fama de Kimmel por sua bondade fora das câmeras e sugeriu que a suspensão pode ser interpretada como uma tentativa de censura. Em um momento, simulou uma interrupção repentina da transmissão, uma maneira divertida de alertar o público sobre a fragilidade da liberdade de expressão quando confrontada com interesses políticos.

Colbert sobe o tom em defesa de colega

Já Colbert escolheu um espetáculo separado. Ele apresentou uma paródia de “A Bela e a Fera”, com um visual de musical da Broadway, para criticar a decisão da emissora e criticar a influência de Trump nos bastidores. Com um tom áspero, chamou o presidente de “ditador” e destacou que a questão não se resumia a Kimmel, mas também ao direito dos apresentadores de desempenharem suas funções sem receio de represálias.


 Stephen Colbert apresentou uma paródia de "A Bela e a Fera" em seu programa (Vídeo: reprodução/X/@DemocraticWins)

A mensagem final ficou clara. “Hoje, todos somos Jimmy Kimmel, afirmou Colbert, arrancando aplausos do público e resumindo a insatisfação da classe artística com o episódio.


 Stephen Colbert durante a abertura de seu programa (Vídeo: reprodução/X/@CalltoActivism)

A suspensão, que poderia ser somente mais uma crise na televisão, desencadeou uma discussão mais ampla: até onde a liberdade de expressão pode ir quando a política se envolve?

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