Chloe Malle é escolhida por Anna Wintour para liderar a Vogue americana
Filha de Louis Malle e Candice Bergen, Chloe Malle assume o comando editorial da Vogue com forte experiência em moda e domínio digital

Após anos de especulação sobre quem herdaria o trono editorial mais influente da moda, Anna Wintour finalmente nomeou sua sucessora na edição americana da revista Vogue. Segundo a jornalista Lauren Sherman a escolhida é Chloe Malle, conhecida por sua trajetória sólida no jornalismo de moda e perfil conectado com o universo digital.
Sucessora com trajetória sólida
A sucessão de Anna Wintour na Vogue americana foi finalmente definida. Segundo a jornalista Lauren Sherman, que publicou a informação nesta segunda-feira (01), em sua newsletter Puck, a escolhida para assumir o cargo de head of editorial content (líder de conteúdo editorial) da revista é Chloe Malle.
Chloe é filha do cineasta francês Louis Malle e da atriz norte-americana Candice Bergen, e tem um perfil que alia bagagem cultural a uma sólida carreira no jornalismo de moda. Formada em jornalismo pela Brown University, começou como repórter no New York Observer e colaborou com veículos como The New York Times, WSJ Magazine e Town & Country.
Chloe Malle no Met Gala 2025 ao lado de Anna Wintour e equipe Vogue (Foto: reprodução/Instagram/@chloemalle)
Domínio digital e sintonia com Wintour
Chloe entrou para a equipe da Vogue em 2011 como social editor, retornou como contributing editor e desde 2023, ocupa o cargo de diretora da Vogue.com. Também é coapresentadora do podcast The Run-Through, produzido pela própria revista. Sua escolha é vista como pragmática, já que Malle reúne conhecimento profundo do meio digital, domínio da linguagem voltada para audiência e está alinhada à visão criativa e estratégica de Anna Wintour, que segue como diretora global da Vogue e diretora de conteúdo da Condé Nast.
Legado de Anna Wintour na Vogue
Anna Wintour assumiu o comando da edição americana da Vogue em 1988, aos 39 anos e transformou a revista em um verdadeiro ícone de poder na indústria da moda. Seu olhar editorial inovou ao combinar alta-costura a peças casuais como jeans e produzir capas de revista com celebridades, algo nada comum para a época. Além disso criou o Met Gala, evento beneficente de alta-costura, que organiza e produz anualmente.
Ao longo das décadas, se consolidou como uma das figuras mais influentes da moda global, seja por sua visão inovadora, franjinha característica ou humor ácido, a ponto de inspirar a personagem Miranda Priestly, interpretada por Meryl Streep no filme O Diabo Veste Prada de 2006, baseado no livro de uma de suas ex-assistentes.
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Primeira capa de Anna Wintour como editora chefe da Vogue em novembro de 1988 (Reprodução: Foto/Instagram/@thevanillaissue)
Mesmo com a nomeação de uma nova líder editorial nos Estados Unidos, Anna Wintour não deixa o centro do poder. Ela continua como diretora global da Vogue e diretora de conteúdo da Condé Nast (empresa que publica revistas como GQ, The New Yorker e a própria Vogue), cargos que a mantém no comando da estratégia editorial da marca em escala internacional. A escolha de Chloe reflete a confiança de Wintour em alguém que compartilha a mesma visão e compreende os rumos da moda nessa nova era digital.