Leo Jardim propõe que técnicos tenham direito a pedir revisão de lances
Técnico do Cruzeiro voltou a reclamar de erros da arbitragem e propôs que treinadores tenham direito a pedir revisão periódica de lances duvidosos

Após o empate em 1 a 1 com o Mirassol, nesta segunda-feira (18), pelo Brasileirão, o técnico Leonardo Jardim voltou a criticar a arbitragem e questionou a atuação do VAR. O comandante do Cruzeiro defendeu a adoção de um sistema semelhante ao “desafio” do vôlei, em que treinadores poderiam solicitar revisões em lances polêmicos.
Proposta inovadora
Segundo Jardim, a ideia seria oferecer duas oportunidades por jogo uma em cada tempo para que o treinador pudesse pedir a análise de um lance diretamente ao árbitro de vídeo. Para ele, a medida aumentaria a transparência e reduziria a sensação de impotência de técnicos e jogadores diante das decisões de campo.
Polêmica em Mirassol
A reclamação do Cruzeiro se concentrou em um lance que antecedeu o gol de Kaio Jorge, logo aos quatro minutos da partida. O volante José Aldo teria tocado a bola com o braço dentro da área. Para Jardim, a infração foi clara: “A bola toca na coxa e depois no braço. Eu não sabia que era permitido fazer manchete de vôlei dentro da área”, ironizou.
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Leo Jardim dispara contra arbitragem (Foto: reprodução/Instagram/@itatiaiaesporte)
Jardim também comparou o episódio a outras situações recentes no campeonato. Ele citou expulsões e jogadas de mão não revisadas como exemplos de inconsistência. “Tenho só 30 anos de futebol e mais nada”, afirmou, em tom de sarcasmo, ressaltando a dificuldade de contestar decisões mesmo quando o erro é evidente.
Reação da diretoria
O vice-presidente de futebol, Pedro Junio, anunciou que o clube voltará a formalizar protesto junto à CBF. Segundo o dirigente, o Cruzeiro já havia levado reclamações após a derrota para o Santos, no Mineirão, e seguirá cobrando providências.
As críticas de Leonardo Jardim refletem um problema recorrente no futebol brasileiro: a falta de confiança nas arbitragens e no VAR. A sugestão de adotar o “desafio” abre debate sobre possíveis mudanças estruturais, em busca de maior credibilidade e equilíbrio nas competições.