Bolsonaro poderá receber visitas familiares durante prisão domiciliar

Moraes permitiu que familiares visitem o ex-presidente sem autorização prévia; as condições anteriores determinavam que apenas advogados tinham permissão

06 ago, 2025
Bolsonaro | Reprodução/Gov/Carolina Antunes
Bolsonaro | Reprodução/Gov/Carolina Antunes

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que os familiares próximos de Jair Bolsonaro (PL), o que inclui filhos, netos e cunhados, podem visitá-lo durante a prisão domiciliar sem a necessidade de uma autorização prévia do STF.

Desde segunda-feira (04), os aparelhos eletrônicos da casa de Bolsonaro foram apreendidos e apenas os advogados do ex-presidente poderiam ter contato com ele sem precisarem realizar o pedido. A medida foi alterada nesta quarta-feira (06).

Moraes decretou a prisão domiciliar do réu no julgamento de planejamento e tentativa de golpe de estado, pois ele utilizou redes sociais no domingo (03) para assistir ao ato dos apoiadores pelo Brasil, além do filho e senador Flávio Bolsonaro (PL) ter publicado um vídeo do pai usando um celular. Essa atitude configurou como descumprimento de medidas cautelares.

Medidas cautelares

Em 17 de julho de 2025, a primeira turma do STF decidiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria cumprir recolhimento domiciliar no horário das 19h até às 06h e utilizar tornozeleira eletrônica com monitoramento. Entre as medidas também estavam a restrição das redes sociais e a proibição do contato com autoridades estrangeiras.

Aos fins de semana e feriados, ele não estava permitido de sair de casa.

A decisão foi feita pela compreensão de Alexandre de Moraes e do STF de que Bolsonaro realizou coação, obstrução e atentado à soberania nacional. Agora, o político está em prisão domiciliar.



Vídeo de Bolsonaro fazendo uso de celular no dia 03 de agosto (Vídeo: reprodução/Instagram/@pedrosanews)

Protestos

Os atos dos aliados de Jair Bolsonaro ocorridos no dia 3 de agosto tinham como objetivo pedir por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília, além de criticar as medidas de Moraes e o presidente Lula.

As manifestações aconteceram em várias capitais e cidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Apoiadores utilizavam bandeiras do país, e também dos Estados Unidos.

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