Machine Gun Kelly recusa atuação em “Pecadores”
Machine Gun Kelly diz não a roteiro de “Pecadores” e é elogiado por manter postura ética mesmo diante de grandes oportunidades profissionais

Machine Gun Kelly revelou que recusou um papel no filme Pecadores, dirigido por Ryan Coogler e estrelado por Michael B. Jordan, por conta de uma fala racista presente no roteiro. A declaração foi feita durante o programa The Pat McAfee Show, transmitido em 1º de agosto. O artista, que também é ator, explicou que o personagem que lhe foi oferecido teria que dizer a “n-word”, e ele se negou. Segundo MGK, a linguagem utilizada ultrapassava seus limites pessoais e éticos.
“Na audição, o personagem tinha que dizer a ‘n-word’. Eu me recusei”, afirmou MGK, deixando claro que não se sentiu confortável com a exigência. O cantor disse ainda que não quis contribuir com uma narrativa que pudesse reforçar discursos ofensivos, mesmo que fosse no contexto da ficção.
Papel controverso
O personagem em questão era Bert, um ex-integrante da Ku Klux Klan que se tornou vampiro. Ele apareceria ao lado da esposa Joan, vivida por Lola Kirke. O papel incomodou o artista, que decidiu se afastar do projeto. Apesar disso, MGK ressaltou que deseja continuar trilhando seu caminho como ator. “Tenho muitas aspirações de atuar. Só ainda não aconteceu. Estou no tempo universal”, completou. Ele afirmou que busca papéis que dialoguem com seus princípios pessoais e sua trajetória artística.
Trailer de “Pecadores” traz terror e crítica social ao racismo histórico nos EUA (Vídeo: Reprodução/YouTube/WarnerBrosPicturesBrasil)
Filme traz crítica social
Pecadores estreou em 2025 e vem sendo elogiado pela crítica por sua abordagem inovadora. Misturando terror e crítica social, o filme apresenta a história de dois irmãos gêmeos, interpretados por Michael B. Jordan, que retornam à sua cidade natal e se deparam com forças sombrias ligadas ao passado escravagista da região. O racismo estrutural e violência histórica são os temas principais que a produção trata por meio de uma narrativa de horror sulista com elementos vampíricos. A estética do longa e seu tom provocativo têm gerado discussões nas redes.
A decisão de MGK repercutiu positivamente entre fãs e colegas da indústria, que elogiaram sua postura ética. Nas redes sociais, muitos destacaram sua coerência com os valores que costuma defender em sua carreira artística.