Entenda os trâmites para repatriação do corpo de Preta Gil

Trâmites burocráticos, documentação e normas de transporte são essenciais para o traslado do corpo da artista que lutava contra um câncer

21 jul, 2025
Preta Gil | Reprodução/instagram/@pretagil
Preta Gil | Reprodução/instagram/@pretagil

A cantora Preta Gil faleceu aos 50 anos em Nova York e sua família já iniciou os procedimentos para trazer seu corpo de volta ao Brasil. O processo de repatriação envolve uma série de exigências legais e sanitárias que devem ser cumpridas tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

Entenda o processo de repatriação do corpo dos EUA para o Brasil

Após a morte de Preta Gil em Nova York, o traslado do corpo para território brasileiro precisa ser realizado por funerárias credenciadas em ambos os países. O processo segue normas rigorosas, que exigem documentos como a certidão de óbito, o certificado de embalsamamento conforme as regras americanas, e um laudo sanitário atestando que a causa do falecimento não foi uma doença transmissível. Caso houvesse risco de contágio, o corpo deveria ser transportado em urna metálica hermeticamente fechada.

Principais documentos e aprovações para o transporte

Os documentos devem ser validados por uma autoridade local, o Secretary of State, e o translado só pode acontecer depois de obter autorização formal do aeroporto. Se o corpo for cremado, são necessárias permissões específicas, e as cinzas precisam ser levadas em urnas lacradas e à prova d’água. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regula o transporte de restos mortais por meio da Resolução nº 33/2011, que determina que o corpo seja enviado no compartimento de cargas, devidamente preparado para conservação, e que qualquer ocorrência durante o trajeto seja comunicada às autoridades sanitárias dos aeroportos.


 Último video publicado por Preta Gil em Nova York (Vídeo: reprodução/instagram/@pretagil)

Últimos meses de Preta Gil e o tratamento contra o câncer

Preta Gil foi diagnosticada com câncer no intestino em 2023, dando início a uma batalha intensa contra a doença. Determinada a enfrentar o tratamento com coragem, a artista passou por diversas etapas terapêuticas, incluindo sessões de quimioterapia e acompanhamento médico especializado. No final daquele ano, ela foi submetida a uma cirurgia complexa de 18 horas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, um dos procedimentos mais delicados de sua trajetória médica.

Apesar da intervenção e dos cuidados recebidos no Brasil, a cantora decidiu ampliar as possibilidades de cura e, em maio de 2025, embarcou para os Estados Unidos em busca de um tratamento experimental. Em entrevista concedida pouco antes da viagem, Preta afirmou que todas as alternativas viáveis já haviam sido exploradas em seu país e que sua esperança estava voltada para terapias mais avançadas disponíveis no exterior.

Durante os meses que passou fora do Brasil, ela permaneceu acompanhada por familiares próximos e demonstrou força diante das adversidades impostas pela doença. Sua morte, ocorrida no último domingo (20), em Nova York, aos 50 anos, causou grande comoção entre fãs, amigos e colegas do meio artístico.

Até o momento, a família não divulgou informações oficiais sobre velório ou sepultamento. Por meio de uma nota pública, os parentes pediram respeito e compreensão, informando que estavam cuidando de todos os procedimentos necessários para a repatriação do corpo ao Brasil.

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