Jurado do caso Diddy quebra o silêncio e defende veredito: “Baseado nas provas”
Diddy é condenado por transportar pessoas para prostituição; jurado nega influência da fama e juiz mantém prisão até sentença em outubro

O veredito sobre o julgamento de Sean Diddy Combs foi feito nesta quarta-feira (02), e um dos jurados participantes do caso veio a público para comentar sobre e defender a decisão. Sean Diddy foi acusado de duas das cinco acusações que enfrentou desde sua prisão, ele foi livrado das acusações de tráfico sexual e extorsão, mas condenado por transportar pessoas para prostituição.
A pena máxima que Diddy pode pegar é de 10 anos, após cometer o crime de prostituição da ex-namorada Cassie Ventura e de uma mulher com pseudônimo Jane.
Cantor rapper, Sean Diddy (Foto: reprodução/Thaddaeus McAdams/Getty Imagens Embed)
O que diz o magistrado
Um dos jurados do caso de Sean Diddy deu uma entrevista à ABC News, mas preferiu não revelar sua identidade por medo de sofrer ataques.
Na entrevista, ele respondeu às críticas do público, que sugeriram que o julgamento poderia ter sido influenciado pela fama do artista. O jurado negou essa possibilidade e afirmou que achar isso é uma ofensa ao trabalho do júri, chamando a suposição de “extremamente ofensiva e desrespeitosa ao júri e ao processo de deliberação.”
A afirmação dada pelo jurado é de que “Passamos mais de dois dias deliberando. Nossa decisão foi baseada exclusivamente nas provas apresentadas e na forma como a lei é descrita. Teríamos tratado qualquer réu da mesma forma, independentemente de quem fosse. Não tenho mais nada a dizer.”
Anna Estevão, advogada de Diddy comentou que para ela e o rapper, foi uma grande vitória. O lado do rapper considera vitória pelo fato de Sean Diddy Combs ter sido absolvido das acusações mais graves.
Sean Diddy em Show (Foto: reprodução/Samir Hussein/Getty Imagens Embed)
Pedido de liberdade provisória negada
O advogado de defesa de Sean “Diddy” Combs, Marc Agnifilo, solicitou à Justiça a liberdade provisória do rapper mediante o pagamento de fiança fixada em US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões). Porém, o pedido foi negado pelo juiz Arun Subramanian. O rapper segue preso desde setembro do ano passado e permanecerá sob custódia até a audiência de sentença, marcada para o dia 3 de outubro.
Segundo informações do portal E! News, o juiz agendou uma reunião entre as partes envolvidas no processo para o próximo dia 8 de julho para avaliar a possibilidade de antecipar a definição da pena.
O processo judicial ocorre na Corte Distrital Federal, em Manhattan, Nova York, e teve início no dia 5 de maio. Desde então, o júri ouviu o depoimento de 34 testemunhas, entre elas nomes conhecidos como Kid Cudi e Cassie Ventura.