Autópsia revela causa da morte de Juliana Marins
A divulgação ocorreu nesta sexta-feira (27), por autoridades da Indonésia; Juliana faleceu após sofrer um acidente enquanto escalava o vulcão Monte Rinjani

Nesta sexta-feira (27), autoridades da Indonésia divulgaram o resultado da autópsia de Juliana Marins. A alpinista, de 26 anos, morreu após escorregar e cair enquanto escalava o vulcão Monte Rinjani, segundo maior da Indonésia. O acidente ocorreu no último dia 21.
O corpo da jovem foi levado, na última quinta-feira (26), da unidade médica de Bhayangkara, onde está localizado o Monte Rinjani, até o Hospital Bali Mandara, em Bali, uma ilha da Indonésia.
Segundo a equipe médica que realizou o exame de autópsia, um trauma contundente, resultando em danos a órgãos internos e hemorragia, ocasionou a morte de Juliana. Em pronunciamento sobre o caso, o especialista forense Ida Bagus Alit, um dos responsáveis pela autópsia, destacou que foram encontrados no corpo de Juliana “arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa”. Somadas, essas fraturas provocaram danos aos órgãos internos de Juliana, resultando em sangramento.
Ainda em pronunciamento, foi descartada a possibilidade de morte por hipotermia. Segundo a equipe médica, Juliana não apresentava ferimentos nos dedos, típicos em casos de mortes ocasionadas pelo frio.
Autópsia revelou que a morte de Juliana ocorreu por um trauma contundente (Vídeo: Reprodução/YouTube/g1)
Estimativa sobre o momento da morte
Em relação à quando ocorreu a morte da jovem, o especialista disse que, apesar de não haver indícios de que o falecimento aconteceu muito tempo após a queda, é difícil determinar exatamente o momento no qual Juliana morreu. Questões como o transporte do corpo de Bhayangkara até Bali prejudicaram a realização de uma análise mais precisa.
A estimativa, porém, é de que Juliana faleceu 20 minutos após sofrer a queda. “A causa direta da morte foi, definitivamente, o trauma contundente. Estimamos que foi no máximo 20 minutos. Não há evidência de que essa vítima tenha morrido muito tempo após isso por causa dos ferimentos”, afirmou Ida Bagus Alit.
Relembre o caso de Juliana Marins
Na madrugada do último dia 21, horário da Indonésia, Juliana Marins escorregou e caiu cerca de 300 metros, enquanto realizava uma trilha no vulcão Monte Rinjani. A jovem estava acompanhada de mais 6 turistas e 2 guias. Após se separar do grupo para descansar, Juliana sofreu o acidente, sendo encontrada por turistas depois de 3 horas.
As buscas e tentativas de resgate foram realizadas por 4 dias, o que gerou críticas e insatisfação na família e em brasileiros que acompanharam o caso e acusaram o governo da Indonésia de negligência. Segundo autoridades do país, porém, condições adversas, como a dificuldade de acesso à trilha e questões climáticas, afetaram as operações. Na última terça-feira (24), a família da jovem informou, via redes sociais, do falecimento de Juliana.
Nascida em Niterói, município do Rio de Janeiro, Juliana Marins era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bailarina de pole dance, a jovem estava viajando pela Ásia desde o último fevereiro.
O corpo da jovem será trazido ao Brasil pela Prefeitura de Niterói.