Buscas por Juliana, brasileira presa em vulcão, ganham apoio de alpinistas
Dois alpinistas experientes reforçam equipe de resgate no Monte Rinjani; buscas por brasileira continuam após a jovem ter caído durante trilha na Indonésia

Na manhã desta segunda-feira (23), dois alpinistas experientes passaram a integrar a equipe de resgate que busca localizar Juliana Martins, brasileira que sofreu uma queda no vulcão durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21). Segundo familiares, os profissionais estão a caminho da área onde ocorreu o acidente.
O perfil @resgatejulianamarins, criado pela família no Instagram e único canal oficial de informações, informou que ainda não há confirmação sobre a continuidade do resgate durante a noite. No entanto, destacou que a operação conta com reforço de equipamentos específicos para apoiar a equipe já presente na região.
Família cobra agilidade no resgate
O Parque Nacional do Monte Rinjani está localizado na Ilha de Lombok, na Província de Sonda Ocidental, com um fuso horário de 11 horas adiantado em relação à Brasília. Às 5h desta segunda-feira (horário de Brasília), meio da tarde na Indonésia, a família informou que as buscas haviam sido novamente interrompidas, três dias após o acidente, e que ainda não tinha informações sobre o estado de Juliana.
De acordo com a página oficial, ela estaria entre 500 e 600 metros abaixo no desfiladeiro. A família demonstrou frustração com a lentidão do resgate, relatando que, após um dia inteiro de buscas, a equipe avançou apenas 250 metros e acabou recuando, mesmo restando cerca de 350 metros para alcançar Juliana. Eles reforçaram o apelo por ajuda, destacando a urgência em chegar até ela quanto antes.
Além disso, expressaram indignação com a continuidade das atividades turísticas no parque, enquanto Juliana permanece sem resgate, em situação crítica e sem informações sobre seu estado de saúde.
No Brasil, Mariana, irmã da jovem, manifestou preocupação ao desmentir informações de que Juliana teria recebido mantimentos e agasalhos. Segundo ela, a equipe de resgate ainda não conseguiu alcançá-la devido à falta de cordas com comprimento adequado e à baixa visibilidade na região.
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Família reclama da lentidão do resgate (Foto: reprodução/Instagram/@resgatejulianamarins)
Último registro de Juliana foi feito por drone
Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local) do sábado, em imagens feitas por turistas com drone. Registros que, segundo a família, são autênticos e mostram a jovem caída na trilha.
Em publicação nas redes sociais, Mariana relatou que ela fazia a trilha com cinco pessoas e um guia local. No segundo dia da caminhada, ao dizer que estava cansada, o guia orientou que descansasse e seguiu com o grupo.
Mariana esclareceu que, ao contrário do que foi inicialmente informado, o guia não permaneceu com Juliana e que a queda ocorreu após ela ter sido deixada sozinha e ter ficado desesperada.
Desde fevereiro, a jovem realizava um mochilão pela Ásia, com passagem por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia, antes de seguir viagem para a Indonésia.