EUA entra na guerra: ONU alerta para “consequências catastróficas” e pressão internacional aumenta

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou estar “gravemente alarmado” com o uso da força pelos EUA contra o Irã

22 jun, 2025
Presidente Donald J. Trump | Reprodução/X/@POTUS
Presidente Donald J. Trump | Reprodução/X/@POTUS

Na noite de sábado (21), os Estados Unidos iniciaram ataques aéreos em três instalações nucleares do Irã, marcando uma escalada dramática no conflito do Oriente Médio. Os bombardeios atingiram as usinas de Fordow, Natanz e Esfahan, conforme confirmado pelo presidente Donald Trump, em pronunciamento realizado no Salão Oval. Ele afirmou que os mísseis lançados “quebraram as pernas do regime iraniano”, em uma demonstração de força sem precedentes. Ainda assim, o presidente deixou claro que essa foi uma operação cirúrgica, projetada para atingir objetivos militares e evitar baixas civis, embora detalhes sobre vítimas ainda não tenham sido divulgados.

As fotos divulgadas nas redes sociais mostram Trump usando seu característico boné vermelho “MAGA” enquanto monitora a missão na Sala de Situação da Casa Branca, acompanhado de membros de seu gabinete, como o secretário de Defesa Pete Hegseth, o senador Marco Rubio e o vice-presidente J.D. Vance. Ao lado deles, assessores militares anotavam os desdobramentos em tempo real, evidenciando a dimensão da operação.

A ONU reage: catástrofe ao alcance

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou estar “gravemente alarmado” com o uso da força pelos EUA contra o Irã, descrevendo a ação como “uma escalada perigosa em uma região já atingida por crises” e “uma ameaça direta à paz internacional”.


Estados Unidos atacam o Irã, informa Trump (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Em alerta, Guterres apelou aos países-membros para reduzirem as tensões e cumprirem suas responsabilidades conforme a Carta da ONU, reforçando que “não há solução militar, o único caminho é a diplomacia”. Ele também advertiu sobre um risco crescente de que o conflito se estenda, gerando “consequências catastróficas para civis, região e mundo”.

Reações globais e tensão diplomática

A repercussão internacional foi imediata. Israel, por meio do premiê Benjamin Netanyahu, saudou a ofensiva como decisão acertada para neutralizar uma ameaça nuclear, dizendo que a operação “mudará a história”. Já a diplomacia europeia e líderes latinos manifestaram preocupação. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sublinhou a urgência de uma resolução diplomática, afirmando que o programa nuclear iraniano representa risco à segurança coletiva.

Na América Latina, o presidente colombiano Gustavo Petro advertiu que o bombardeio afeta não apenas a região, mas todo o planeta. A Venezuela manifestou indignação, exigindo término imediato das hostilidades, enquanto o governo mexicano reforçou seu compromisso com o diálogo pacífico, ressaltando princípios pacifistas.

Mais notícias