Zambelli fala que vai se apresentar às autoridades italianas

Deputada federal Carla Zambelli diz que estará à disposição da justiça; ela fugiu para a Itália após receber sua condenação pelas autoridades brasileiras

08 jun, 2025
Carla Zambelli participa de votação para a prisão de Jair Bolsonaro e de outras pessoas.
A comissão faz votação para a prisão dos envolvidos no golpe de 8 de janeiro

Nesta sexta-feira (6), a deputada federal Carla Zambelli falou que ficará à disposição da justiça italiana. Ela fugiu para a Itália, logo após ter recebido sua condenação pelas autoridades brasileiras.

A deputada falou que irá se normalizar com as leis do país, disse não querer afrontar as autoridades da Itália. Além disso, falou para um blog que está em busca de proteção ao que ela declara ser uma perseguição política.

Sentença e Fuga

Ela teve a condenação de 10 anos e 8 meses de prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ser a mandante do crime de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela saiu do Brasil no início de maio, antes mesmo do pedido de sua prisão se tornar público. Com isso, as autoridades brasileiras alertaram a Interpol, onde a deputada ficou como foragida.

A Polícia Federal falou que a deputada Zambelli atravessou a fronteira da Argentina, chegou aos Estados Unidos e, em seguida, foi para a Itália. Fontes confirmaram que a deputada Carla Zambelli chegou a Roma na manhã do dia 05 de maio, antes que o nome dela entrasse para a lista vermelha das pessoas foragidas, procuradas pela Interpol.


Deputada Zambelli fugiu para a Itália (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Invasão aos Sistemas

Após ter sido registrada a denúncia na Procuradoria Geral da República (PGR), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, confirmou que a invasão que aconteceu no sistema Judiciário, ocasionada pelo hacker Walter Delgatti, teria sido planejado e teria como mandante a deputada federal Carla Zambelli.

Ela é acusada de fazer parte do plano golpista, que culminou no ataque à democracia de 8 de janeiro de 2023. Todos esses crimes tinham como objetivo desacreditar o poder judiciário, ocasionando uma ruptura na democracia brasileira e deixando consequentemente o ex-presidente Jair Bolsonaro na presidência.

No dia 4 de janeiro de 2023, o hacker inseriu no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vários documentos falsos, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, assinado por ele mesmo, e uma ordem que quebrava o sigilo das contas bancárias do ministro do STF.

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