Michelle Ramalho entra para a história como 1ª mulher vice-presidente da CBF

Michelle Ramalho é a 1ª mulher a assumir a vice-presidência da CBF, marcando um avanço na presença feminina no futebol

27 maio, 2025

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vive um marco inédito e histórico: Michelle Ramalho foi eleita vice-presidente da entidade, tornando-se a primeira mulher a ocupar esse cargo em toda a história da instituição. A eleição aconteceu no último domingo, 25 de maio, com Michelle integrando a chapa de Samir Xaud, atual presidente da CBF. A conquista representa mais do que uma simples mudança de nome na estrutura diretiva da casa do futebol — é um símbolo de renovação, inclusão e avanço para o esporte brasileiro.

Mulher no topo: representatividade inédita na CBF

A chegada de Michelle Ramalho ao topo da hierarquia da CBF não é apenas emblemática, mas estratégica. Com longa trajetória no esporte e forte ligação com o futebol feminino, ela assume uma posição que lhe permite influenciar diretamente decisões e políticas voltadas ao desenvolvimento da modalidade no país.

Em entrevista ao portal Metrópoles, durante o evento de apresentação dos primeiros convocados da Seleção Brasileira Masculina sob o comando de Carlo Ancelotti, no Grand Hyatt, na Barra da Tijuca, Michelle foi direta ao afirmar que o “Projeto de inclusão passou a ser realidade” e irá abrir muitas portas para as mulheres neste cenário. 


Michelle Ramalho em entrevista durante evento da convocação da Seleção Brasileira Masculina (Video: reprodução/YouTube/Metrópoles)


Nova voz para o futebol feminino

A presença de uma mulher na vice-presidência da CBF traz perspectivas concretas de avanço para o futebol feminino. Michelle Ramalho chega com a missão de ampliar o espaço da modalidade, garantindo maior representatividade e promovendo o fortalecimento das categorias de base, alto rendimento e estrutura profissional.


Michele Ramalho em evento da CBF (Vídeo: reprodução/Instagram/@michelleramalho0903)


Historicamente negligenciado em investimentos e visibilidade, o futebol feminino no Brasil pode, a partir de agora, ganhar o protagonismo que merece. Michelle conhece os desafios enfrentados por atletas e profissionais do setor, e sua liderança promete abrir caminhos reais para mudanças estruturais.

Copa do Mundo Feminina de 2027 no radar

Um dos grandes focos da gestão é a candidatura do Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027. Para Michelle, esse evento é uma oportunidade única de alavancar a modalidade no país, gerar legados estruturais, atrair patrocinadores e cativar novos torcedores.

A possível realização do torneio em território brasileiro pode significar uma revolução para o futebol feminino, e, com uma mulher ocupando uma das cadeiras mais importantes da CBF, a expectativa é de que o projeto receba a atenção e os investimentos necessários para se tornar realidade.

Liderança integrada ao futebol como um todo

Mesmo durante um evento focado na seleção masculina, Michelle Ramalho esteve presente ao lado de Carlo Ancelotti, sinalizando que sua atuação na vice-presidência será transversal. Sua presença simboliza uma gestão plural, onde homens e mulheres colaboram por um futebol mais moderno, justo e representativo.


Michele Ramalho ao lado de integrantes da chapa da CBF (Foto: reprodução/CBF)


Essa nova fase da CBF, marcada por diversidade na liderança, é também um recado importante para o mercado, para as torcidas e para as novas gerações: há espaço para todos no futebol brasileiro. A eleição de Michelle não é apenas um feito político — é um reflexo da evolução social que o esporte precisa abraçar.


Michelle Ramalho, vice-presidente da CBF, e Leila Pereira, presidente do Palmeiras   (Foto: reprodução/Rafael Ribeiro/CBF)


A presença de mulheres como Michelle Ramalho e Leila Pereira nos altos escalões do futebol brasileiro representa uma virada simbólica e prática: mulheres ocupando, com competência e protagonismo, espaços antes inalcançáveis. Mais do que líderes, elas são sinais vivos de uma nova fase — onde o futebol se torna mais diverso, inclusivo e representativo. Cada passo que dão não apenas desafia velhos padrões, mas também constrói pontes para que outras mulheres sonhem, cheguem e façam história no esporte mais amado do país.

Foto destaque: Michele Ramalho em evento CBF (Reprodução/Metrópoles)

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