Cristo Redentor veste traje sul-coreano para relembrar os laços diplomáticos entre os países

Projeção chama atenção para série de exposições de arte que serão apresentadas na cidade do Rio de Janeiro

08 jun, 2024

Nesta sexta-feira (7), a estátua do Cristo Redentor foi decorada com um hanbok que é uma vestimenta típica da Coréia do Sul. A homenagem celebra as boas relações diplomáticas entre os dois países e o evento está sendo organizado pelo Centro Cultural Coreano, pela Embaixada da Coreia do Sul, pela Prefeitura de Jinju e pela Scuola di Cultura. 

Para a noite deste sábado (8) a projeção será feita com as cores da bandeira do país sul-coreano em conjunto com o MAC Niterói – Museu de Arte Contemporânea, museu onde acontecerá a exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju. Essa é a primeira vez que o monumento do Cristo Redentor utilizará símbolo típico de outro país.

A cultura coreana apresenta simbolismo e tradições, como explica o designer Jin Hee Lee, que diz que na Coreia a cor azul representa o nascimento da primavera e da vida e essa é uma das cinco cores tradicionais do país. A cor do cinto do hanbok representa as cores do logo do G20, evento que reunirá os principais líderes do mundo para discutirem temas como a pobreza, desigualdade social, desenvolvimento sustentável e tipo de governo global.

O embaixador da Coreia do Sul Lim Ki-mo é bem conhecido por gostar de cantar músicas brasileiras, diante disso, ele foi convidado para participar de um videoclipe em conjunto com o padre Omar que é reitor do santuário. No clipe ambos cantaram a famosa música “está escrito” anteriormente gravada pelo cantor Xande de Pilares.


 Estátua do Cristo Redentor com traje da Coreia do Sul (Video: reprodução/Instagram/@cristoredentorofical


Relação diplomática entre os países

O Brasil e a Coreia do Sul tem uma relação consolidada há 65 anos, estabelecida em 1959, o Brasil foi o primeiro país na América Latina a ter relações com o país asiático e essa relação tem se intensificado ao longo dos anos em acordo bilaterais no comércio, educação, investimentos, ciência e tecnologia, cultura e intercâmbios.

O Brasil abriga a maior comunidade coreana na América Latina, são 50 mil coreanos que influenciam multiculturalmente na sociedade brasileira e contribuem efetivamente para o desenvolvimento do nosso país.


Exposição Luzes da Coreia (reprodução/Instagram/@kkbrazil)


Onde será a exposição

A exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” é a maior exposição de arte coreana divulgada no Brasil, o MAC/Niterói – Museu de Arte Contemporânea abrirá suas portas para os visitantes no dia próximo domingo (9). A exposição propõe uma viagem à cidade de Jinju para conhecer os tradicionais festivais de lanternas coloridas de seda que encantam os visitantes.

O museu foi montado como uma galeria com mais de mil lanternas coloridas, fotos da cidade de Jinju serão expostas mostrando a magnitude dos festivais de luzes que acontecem lá no país. 

É curioso pensar que a tradição começou no século XII, quando as lanternas eram usadas como tática militar durante a guerra de Imjin (1592-1598), eram utilizadas para levar recados para fora das fortalezas e posteriormente a população passou a soltá-las no Rio Ningang para homenagear os soldados mortos em combate durante a guerra.

Foto Destaque: Cristo Redentor veste traje Sul-coreano (Reprodução/Instagram/@cristoredentoroficial)

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